Insegnava loro come uno che ha autorità (di p. Giuseppe Adobati) (IT, PT, FR, ES)

31 Gennaio 2021, IV domenica tempo ordinario (B)

Il racconto del vangelo presenta la descrizione dall’annuncio di Gesù fatto nella sua prima giornata di attività a Cafarnao. Nella sinagoga Gesù porta l’annuncio che già aveva fatto risuonare lungo le strade e cioè l’invito alla conversione perché il regno dei cieli è vicino. Nella sinagoga Gesù parla del Padre e la sua parola colpisce gli uditori perché è autorevole. Il suo è uno stile di comunicazione che annuncia, insegna, informa con autorità, in modo diverso rispetto a quello che dicevano e trasmettevano gli scribi.

In questa azione di invito alla conversione da parte di Gesù emerge l’ostacolo, l’inciampo di un uomo posseduto dal demonio il quale, di fronte alla parola di Gesù, si mette a gridare e la rifiuta. L’uomo si ribella di fronte a Gesù e se, da una parte riconosce che è il “santo di dio”, dall’altra però capisce che è venuto a rovinarlo.

Questo è il frutto della “parola della menzogna” che il demonio semina in quell’uomo, come semina in noi. La parola di Gesù intercetta questa parola negativa e la fa tacere. Gesù con questo esorcismo libera l’uomo dalla presenza del demonio. Ma libera anche noi ripiegati in noi stessi, dentro le nostre rivalse, ribellioni e insoddisfazioni, lamenti, giudizi. Noi che tante volte ripensiamo a tutto ciò che nella nostra vita non ha funzionato, costantemente portati a giudicare il mondo e a vedere gli altri colpevoli di essere la causa del nostro male.

Gesù con la sua parola ci invita alla conversione, impone il silenzio a queste “parole negative”, cosi che possiamo porci in ascolto della Parola che illumina la nostra interiorità. Gesù ci porta fuori da noi stessi, allo stesso modo in cui libera l’indemoniato dalla presenza inopportuna. E anche se sembrava che l’indemoniato rovinasse la scena del vangelo, in realtà quella figura mostra il primo frutto di Gesù che annuncia il vangelo, non semplicemente per comunicare un bene ma per liberare integralmente l’uomo. Oggi, domenica, vogliamo ringraziare il Signore, per il dono di poter andare in chiesa e celebrare l’eucaristia e ascoltare la sua parola. Questa è l’esperienza che vogliamo continuare a fare: che la parola di Dio ci comunichi la misericordia del Signore.

San paolo della Croce è stato un grande missionario. Si racconta di un fatto che ha a che fare con questa esperienza di salvezza. In un paese stava confessando da più ore quando venne interrotto da un uomo che gli si accostò per dirgli in segreto “padre confessatemi perché sono 12 anni che non mi confesso!”. Paolo rispose “attendete un momento che vengo subito”. Paolo confessò ancora alcune persone, poi uscito dal confessionale lo condusse in sacrestia, lo confessò e prima di licenziarlo gli chiese “perché avete atteso tanto tempo per confessarvi?” l’uomo rispose “padre sappiate che 12 anni fa essendo andato a confessarmi, il confessore cominciò a sgridarmi cacciandomi via, mi disse ‘va via che sei dannato!’, io spaventato e atterrito mai più mi sono accostato al confessore”. Dopo alcuni anni Paolo incontrò ancora quest’uomo che gli disse “Padre, sappiate che da quando mi confessa da voi, per grazia di dio, mi sono sempre conservato fedele al Signore, ne mai più sono ricaduto in quei peccati!”.

portoghese

Comentário ao Evangelho do Quarto Domingo do Tempo Comum

O evangelho de hoje apresenta a descrição do anúncio de Jesus feito no seu primeiro dia de atividade em Cafarnaum. Na Sinagoga Jesus anuncia aquilo que já tinha proclamado pelas estradas; isto é o convite à conversão porque o Reino dos Céus está próximo. Na Sinagoga Jesus fala do Pai e os seus ensinamentos agradam a quem o escuta porque é seguro naquilo que pronuncia. O seu estilo de comunicação anuncia, ensina, informa com autoridade, de modo diverso relativamente ao que diziam e transmitiam os escribas.

            Nesta ação de convite à conversão da parte de Jesus, surge um obstáculo: um homem possuído pelo demónio que, perante o discurso de Jesus, se põe a gritar e recusa as palavras proferidas por Jesus. O homem revela-se perante Jesus e se, por um lado reconhece Nele “o Santo de Deus”, por outro lado entende que Ele veio para destruí-lo.

            Este é o fruto da “palavra da mentira” que o demónio semeia naquele homem, como também semeia em todos nós. A palavra de Jesus interceta esta palavra negativa, de modo a que não seja mais proferida. Com o exorcismo, Jesus liberta o homem da presença do demónio. Mas liberta-nos também a nós quando estamos centrados em nós mesmos, dentro das nossas revoltas e insatisfações, lamentos e juízos. Nós muitas vezes pensamos em tudo aquilo que na nossa vida não funcionou, e somos levados a julgar o mundo e a ver os outros como culpados pelo mal que nos acontece.

            Jesus com a sua palavra convida-nos à conversão, impõe o silêncio às “palavras negativas”, e assim podemos colocar-nos à escuta da Palavra que ilumina o nosso interior. Jesus leva-nos para fora de nós mesmos, tal como liberta o homem possuído daquela presença inoportuna. Pode parecer que o endemoniado estraga a cena do evangelho, mas na verdade aquela figura mostra-nos o primeiro fruto de Jesus, que anunciava o evangelho, não simplesmente para comunicar um bem, mas para libertar integralmente o homem.

            Neste domingo agradeçamos ao Senhor pelo dom de poder escutar a Palavra de Jesus, nem que seja através da televisão ou das redes sociais, por causa da Pandemia. O que queremos continuar a experimentar: é que a palavra de Deus comunica-nos a misericórdia do Senhor.             São Paulo da Cruz foi um grande missionário. Dele conhece-se uma passagem relacionada com esta experiência da salvação. Numa certa localidade estava a confessar à várias horas, até que foi interrompido por um homem que lhe disse em segredo: “padre confessai-me, porque já não me confesso à 12 anos”. Entretanto Paulo confessou mais algumas pessoas. Quando saiu do confessionário levou o homem à sacristia; confessou-o e antes de o absolver disse-lhe: “Porque esperas-te tanto para te confessar?”. O homem respondeu: “Padre há 12 anos atrás fui confessar-me, e o confessor começou a gritar-me e a mandar-me embora. Disse-me: Vai embora, vai embora porque és maldito! Eu fiquei assustado e nunca mais fui capaz de me aproximar do confessor”. Passados alguns anos Paulo voltou a encontrar este homem, que lhe disse: “Padre, sabeis que desde que me confessei a vós, por graça de Deus, sempre fui fiel ao Senhor, e nunca mais caí naqueles pecados”.

francese

spagnolo: