Tutti ti cercano! (di Marco Staffolani)

Va domenica del tempo ordinario (B)

Ci possiamo chiedere quale sia il fine ultimo delle guarigioni che Gesù opera, secondo quanto ci ricorda il vangelo di oggi. Per attirare le masse? per farsi osannare? La risposta è più profonda. Gesù non bada all’apparenza e quello che vuole trasmetterci è il modo di fare di Dio, che se da una parte è potente e può tutto, dall’altra è Colui che è vicino al suo popolo, Colui che si fa prossimo.

Più che guarire per stupire le folle, la parola adatta è prendersi cura degli altri, senza fare troppo scalpore e giunti a sera, avendo fatto quello che ci spettava, riflettere nel silenzio sul regno di Dio che accade, qui in mezzo a noi.

Gesù dunque non è venuto per garantire un facile successo a chi si mette alla sua sequela, piuttosto nel suo ritirarsi in un luogo deserto per pregare ci mostra la necessità di stare solo con il Padre, per rimotivarsi nella missione che gli è stata affidata, per essere consolato e lasciarsi curare a sua volta dall’amore Paterno. .

Questo atteggiamento di sobrietà, di fedeltà alla missione, di delicatezza della natura umana di Gesù che ha bisogno dei suoi momenti e dei suoi spazi, appare chiara di fronte alla dichiarazione “tutti ti cercano!”. Gesù sa che il cuore delle persone vorrebbe idolatrarlo come un Salvatore potente, che realizza i propri desideri. Ma la sua missione è diversa, non cerca proseliti ma discepoli, non cerca di conquistare un anonimo consenso popolare ma l’adesione personale di ciascuno.

Questo è stupefacente. Gesù che è Dio cerca una relazione paritaria con me che sono una creatura! Che Lui abbia preso, assunto, vissuto la mia carne vuol dire che per me si è fatto come me. E nella mia lontananza dal Padre, egli viene con l’umile proposta che io torni a vivere quella comunione bella e profonda che Lui come figlio ha per natura con il Padre. Che dunque il Padre sia benedetto, perché ha disposto che Gesù si prendesse cura di noi!

versione portoghese

Reflexão do Evangelho do Quinto Domingo do Tempo Comum (Ano B)

Podemos perguntar-nos qual será a finalidade das curas realizadas por Jesus, perante aquilo que nos recorda o evangelho de hoje. Será para atrair uma multidão de gente? Ou para ser elogiado? A resposta é mais profunda. A Jesus não lhe interessa a aparência; e o que nos quer transmitir é o modo de agir de Deus: que se por um lado é potente e tudo pode, por outro lado é Aquele que está perto do seu povo. É Aquele que se faz próximo.

Mais que curar para criar admiração nas multidões, a palavra adequada é: prestar atenção aos outros, sem criar muita agitação e, quando chega a noite, tendo realizado tudo aquilo que esperava, reflete em silêncio sobre o Reino de Deus que já acontece aqui e agora entre nós.

Jesus não veio ao mundo para garantir sucessos fáceis a quem o segue. E por isso mostra-nos a importância de retirar-se para um lugar deserto para rezar. Aqui Jesus apresenta-nos a necessidade de estar a sós com o Pai, para renovar as motivações para a missão que lhe foi confiada, e para ser consolado e deixar-se curar, por sua vez, pelo amor paterno.

Este comportamento de sobriedade, de fidelidade à missão, de delicadeza da natureza humana de Jesus, que necessita dos seus momentos e dos seus espaços, surge claramente devido à declaração que ouvimos no evangelho: «todos te procuram». Jesus sabe que no seu coração as pessoas desejam fazer Dele um ídolo, um Salvador potente, que realiza os desejos de quem o procura. Mas a sua missão é diferente, não procura adeptos mas discípulos; não procura conquistar um anónimo consenso popular, mas a adesão pessoal de cada um à sua mensagem e missão.

Isto é magnifico. Jesus que é Deus procura estabelecer uma relação comigo e com cada um de nós, que somos criaturas. Porque Ele encarnou, viveu num corpo como o nosso: quer dizer que para mim se fez como eu. Assim sendo, quando eu estou longe do Pai Celeste, Jesus apresenta-se com a humilde proposta de que eu volte a viver a bela e profunda comunhão que Ele como Filho viveu, por natureza, com o Pai. Bendigamos o nosso Pai do Céu, porque faz com que Jesus cuide de nós.