Beati i poveri in spirito, perché di essi è il regno dei cieli (di p. Marco Staffolani) (IT-FR-PT-ES)
Parlare di beatitudine potrebbe far pensare ad una sicurezza economica, affettiva, di stabilità assicurata nell’avvenire. Ma il vangelo non ha mai riposto (completamente) le sue speranze nell’oggi terreno o nelle forze finite degli uomini.
Colui che segue Cristo ripone tutta la sua speranza in Lui, e volge lo sguardo alle cose di lassù non a quelle della terra. Nel giorno in cui la chiesa celebra la festa di tutti i santi, ci ricorda che noi pure siamo in cammino verso il cielo.
Le beatitudini sono allora la magna carta del cristiano, che lo guidano lungo il viaggio. Verso Cristo si va meglio se “leggeri”, poveri in spirito, concentrati sull’essenziale che è conoscere Cristo e il vangelo. La ricchezza terrena non è un disvalore in sé, piuttosto come ogni altra cosa che può appesantire il cuore, deve essere tolta se diventa una zavorra (se impedisce il cammino). Beati quindi coloro che vivono con saggezza e sobrietà, sia nella prosperità che nelle ristrettezze, perché saranno sempre trovati pronti dal Signore alla sua chiamata.
Beati anche coloro che compatiscono le situazioni e sanno farsi prossimi ai sentimenti di gioia e di dolore degli altri. Beati coloro che non si arrendono davanti all’ingiustizia e cercano di portare equità ove la disparità genera sofferenza ed incomprensione. Beati quelli che usano la misericordia e non la sufficienza della legge, perché hanno fatto del perdono la loro bandiera, dell’accoglienza il loro stile di vita. Beati i puri di cuore, perché molti ritroveranno in essi la semplicità e la trasparenza della verità. Beati coloro che si fanno ponti tra situazioni distanti e ferite, per portare la pace di Dio a scapito del loro riposo e della loro salute. Beati tutti costoro, non per il loro faticare sulla terra, ma perché ad essi è promesso il regno dei cieli.
In portoghese:
Meditação para a Solenidade de todos os Santos (1 Novembro)
Nos nossos dias falar de “bem-aventurado” o “abençoado” pode-nos levar a pensar em segurança económica, afetiva, e de estabilidade segura para o futuro. Mas o Evangelho nunca deu uma resposta às esperanças da humanidade considerando somente o momento atual e a força finita dos homens.
Quem segue Cristo coloca toda a sua esperança Nele, e tende a olhar para as coisas do alto e não para as da terra. No dia em que a igreja celebra a festa de todos os santos, recorda-nos que também nós estamos no caminho para o Céu.
As bem-aventuranças são por isso a magna carta do cristão, que o guiam durante esta viagem terrena. Caminhamos melhor em direção a Cristo quando a bagagem é leve; quando sendo pobres de espírito, estamos concentrados no essencial que é conhecer Cristo e o Evangelho. A riqueza terrena não significa que não tenha valor; mas como tantas outras coisas pode tornar o coração do homem mais concentrado em si mesmo; por isso devemos refletir sobre ela quando nos impede de caminhar na estrada rumo ao Céu.
São considerados “bem-aventurados” aqueles que vivem com sabedoria e simplicidade, seja na prosperidade ou na tristeza; porque serão sempre encontrados pelo Senhor, quando Ele os chamar a Si. São “bem-aventurados” também aqueles que partilham situações nas quais sabem reconhecer os sentimentos de alegria e de dor dos outros. “Bem-aventurados” são aqueles que não se deixam vencer pelas injustiças e procuram a equidade onde a desigualdade gera sofrimento e incompreensão. “Bem-aventurados” os que usam a misericórdia e não se limitam ao uso das leis, porque fazem do perdão a sua bandeira e do acolhimento o seu estilo de vida. “Bem-aventurados” os puros de coração, porque neles muitos encontrarão a simplicidade e a beleza de uma vida transparente. “Bem-aventurados” aqueles que se fazem próximos de quem está distante e sofre; e que por meio da oração e de palavras de conforto e esperança procuram levar-lhes a paz de Deus, de modo a que vivam com serenidade as fragilidades na saúde e se preparem com confiança para o encontro com Deus.
Concluímos então que são bem-aventurados todos aqueles que vivem com o desejo de alcançar a promessa do Reino dos Céus, sem pensar nas fadigas, incompreensões e tristezas que suportam nesta terra.
In francese:
In spagnolo: